Hoje, 29 de setembro, celebramos o 8.º aniversário da Plano A. Ao longo destes oitos anos vivemos muitos momentos de felicidade e emoção, mas também muitas aventuras e peripécias.
Dizemos muitas vezes que o que nos move é o amor e não é à toa. Todos os nossos clientes deixam em nós uma pequena semente, que vai germinando e nos faz crescer.
Cada dia e cada evento é uma oportunidade para fazer melhor e aprender novas técnicas. Com o oitavo aniversário da Plano A enveredamos também por um novo caminho: o design floral. A estrada até ao destino final é longa e cheia de curvas, mas caminhamos sempre para o mesmo objectivo: ser uma referência no mercado de casamentos em Portugal.
Ainda que demos sempre o nosso melhor e tentemos que corra tudo na perfeição, nem sempre é assim...
Trabalhamos para que os nossos clientes nunca se apercebam dos contratempos e dificuldades vividas, não só antes da festa, como no próprio dia. Nesse sentido, os casamentos fora da Terceira são especialmente desafiantes, pelas dificuldades no transporte da carga e por estarmos fora da nossa zona de conforto.
Para celebrar este dia, decidimos partilhar convosco oito histórias de peripécias e azares que nos aconteceram ao longo destes oito anos:
1. As telas no casamento da Rafaela e do José
A primeira história remonta exatamente ao primeiro casamento que organizamos: o da Rafaela e do José, a 22 de Junho de 2013. Para a zona da cerimónia, na Pousada da Juventude em São Mateus, na Terceira, pensamos usar umas velas triangulares, de forma a cobrir toda a área exterior da festa. Para essas tais velas, decidimos utilizar outdoors velhos, que pintamos, de forma a personalizar. Infelizmente, com a camada generosa de tinta que tivemos de aplicar, as velas ficaram demasiado pesadas e impossíveis de levantar. Resultado: partimos vários mastros de madeira, nas várias tentativas — todas elas falhadas. Dois dias antes do casamento, pedimos que nos comprassem (numa tal loja sueca que todos conhecemos) umas velas triangulares, bem mais leves.
2. O seating plan da Filipa e do Paulo
A noiva Filipa enviou à Cátia um excel com as mesas para o seu casamento na Quinta da Nasce Água, na Terceira. Como costumamos fazer, a Cátia ordenou as mesas por ordem sequencial e de forma a que fizessem sentido com a planta da tenda da festa. Ao reencaminhar para o João, passou o excel original e não o corrigido. Assim, o seating plan foi impresso consoante a numeração antiga. O erro só foi detectado na hora de sentar os convidados. Falamos com a Filipa e o Paulo a dar conta do nosso erro. Tiramos o seating plan da entrada da tenda e, em 15 minutos, sentamos todos os convidados nos lugares certos, com recurso à lista de A a Z.
3. Os convites para a babyshower
A história que vão ler de seguida trata-se de um acontecimento isolado — a única vez que não conseguimos concretizar o que havíamos proposto e seguimos um plano b. A ideia original para os convites desta babyshower eram uns balões com a mensagem impressa. Testamos vários carimbos para estampar a mensagem no balão e nenhum secava por completo. Depois de várias tentativas frustradas, criamos um convite alternativo.
4. Os saiotes da Filipa e do Paulo no Faial
O casamento da Filipa e do Paulo no Faial foi o nosso primeiro evento fora da ilha. Tínhamos posto os saiotes nas mesas e tudo parecia perfeito, sem quaisquer vincos ou drapeados. Até que o João se lembra que, dado que os pés das mesas eram nas extremidades, os convidados não se iam conseguir sentar. Testamos e não havia mesmo espaço para as pernas dos convidados. O que havíamos demorado três horas a fazer com tanto cuidado foi refeito em 45 minutos, porque os noivos chegavam dentro de uma hora para ver a sala. Acabamos de pôr os saiotes de novo e a Filipa e o Paulo entram pela porta da sala.
5. Castiçais roubados
Um dos maiores insólitos destes oito anos da Plano A aconteceu na festa de aniversário de uma instituição que organizamos. A decoração era em tons de prateado, com castiçais de cristal. Quando fomos desmontar a festa, notamos que faltavam dois dos nossos castiçais de cristal. A direcção da instituição decidiu então verificar as imagens das câmaras de vigilância da sala. Qual o nosso espanto quando no vídeo aparece um colaborador do espaço a roubar os dois castiçais? Os castiçais, que tinham sido escondidos num caixote do lixo, foram mais tarde devolvidos.
6. A serrilha no vestido da Beatriz
Esta história é a mais recente e passou-se na ilha das Flores, no dia da Beatriz e do Luís. Na Plano A costumamos dizer, a brincar, que a serrilha é a ferramenta mais útil que temos. E nesta história foi mesmo a serrilha a heroína. Quando os noivos chegaram ao hotel Inatel, local de festa do casamento, o arco do saiote do vestido da Beatriz tinha-se aberto durante a sessão fotográfica. O João tentou arranjar o arco, mas o encaixe estava partido. A solução foi mesmo prender o saiote com uma serrilha. Problema resolvido e o vestido da Beatriz ficou impecável até ao fim da noite.
7. Bolo no porão do avião
Em São Jorge, não havia nenhum fornecedor que fizesse um bolo semelhante ao que a noiva queria para o seu dia. Decidimos então que seria a nossa fada dos bolos, Rainbow Cakes, a fazer o bolo, que depois seria transportado para São Jorge na véspera do casamento. Procuramos uma cooler que respeitasse as medidas da bagagem de mão da companhia aérea e levamos o bolo para o aeroporto. Ao despachar a bagagem, a companhia exigiu que a cooler fosse transportada no porão (mesmo depois de termos dito que era um bolo de casamento!).Assim, o bolo de casamento dos noivos viajou da Terceira para São Jorge no porão de um avião. Felizmente, chegou intacto e fez as delícias de todos os convidados.
8. A carga da Christina e do Matt
A Christina e o Matt viajaram desde a Suécia até São Miguel para celebrarem o seu casamento. Quando temos casamentos fora da ilha, enviamos sempre por via marítima todo o nosso material de trabalho. Normalmente corre tudo bem, mas, desta vez, vivemos uma das situações de maior stress dos últimos oito anos. A carga foi entregue no transitário uma semana antes da data-limite dada pela empresa. Dois dias antes do casamento, quando chegamos a São Miguel, ligamos para o transitário para verificar quando nos podiam entregar a carga. Foi então que nos informaram de que a nossa carga não havia sido enviada, só chegava a São Miguel no dia seguinte (sexta-feira e véspera do casamento) e o contentor só seria aberto na segunda-feira.A partir desse momento, procuramos a todo o custo ter a nossa carga. Na sexta-feira, véspera do casamento, o barco atracou em Ponta Delgada e conseguimos, a muito custo, que descarregassem o nosso contentor. Entretanto, na Estufa Fria do Jardim José do Canto, pouco ou nada estava feito…
Fora da hora de expediente, numa sexta-feira, o João foi ao armazém do transitário, onde tinham descarregado, por especial favor, o contentor etiquetado com a nossa carga. Quando abriram, no interior não estava a nossa carga, mas sim máquinas de café… A nossa carga tinha sido levada por engano para outro armazém… O João e o responsável do transitário de São Miguel foram o mais depressa possível ao outro armazém onde, depois de forçarem a entrada do contentor, conseguiram, finalmente, recuperar a carga.
Eram 21h30, da véspera do casamento, quando finalmente conseguimos começar a trabalhar na decoração. Às 2h30 da madrugada, estava tudo pronto para o casamento da Christina e do Matt.
Fotos: Marta Cabral Photography